Para solicitar a suspensão e, consequentemente, conseguir prorrogação do prazo de carência do FIESMed, o médico deve atender aos seguintes requisitos:

Estar matriculado em programa de residência médica credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica

Em especialidade médica prioritária (existem decisões deferindo a Suspensão inclusive para as áreas que não são prioritárias)

É possível obter a suspensão mesmo sem cursar especialidade médica prioritária. Existem decisões judiciais favoráveis nesse sentido, entretanto, é preciso avaliar o caso concreto e ter ciência de que, nesses casos, o risco é mais alto.

O fato é que o Anexo II, acima indicado, está defasado, pois foi editado em 2013, com base nos dados fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) referentes ao ano de 2012.

O resultado é que atualmente existem outras especialidades consideradas deficitárias, já que a necessidade de atendimento médico da população não é linear e contínua.

Não existe limitação legal que restrinja o benefício da carência estendida. A título de exemplo, uma médica pode seguir o seguinte caminho:

Ser aprovada em "Cirurgia Geral".

Pleitear a prorrogação do prazo de carência até o final do curso.

Ser aprovada em "Oncologia/Cancerologia".

Pleitear nova prorrogação do prazo de carência até o final do curso.

*Existe uma particularidade, no exemplo acima, que é o fato de "Cirurgia Geral" ser pré-requisito para "Oncologia/Cancerologia".

No entanto, inexiste vedação legal que restrinja a utilização da carência estendida.

Embora seja impossível determinar o tempo exato, o processo judicial para obtenção da carência estendida é razoavelmente curto, já que o processo é eletrônico e não há necessidade de audiência.

É possível pleitear a suspensão liminarmente, portanto, se for o caso de deferimento de tutela de urgência, o pagamento é suspenso, em média, entre 20 e 40 dias, a partir do ajuizamento.

Sim, a suspensão pode ser requerida a qualquer tempo.